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App Clubhouse: o que é e como usar para marketing digital

App Clubhouse: o que é e como usar para marketing digital?

A app Clubhouse é uma nova rede social, onde o som é rei e só se pode entrar por convite. Venha perceber o que é a app Clubhouse e como a pode usar para marketing digital e, assim, promover o seu negócio...

Sem vídeos e sem fotos, apenas com a voz e com os ouvidos. É desta forma que a app Clubhouse está a conquistar o mundo, com uma popularidade crescente. 

Esta nova rede social só permite a interação através da voz, sem se poder escrever e só deixa colocar fotografia no perfil de utilizador.

A grande vantagem da app é o facto de permitir conversas em tempo real, em diversas "salas" que podem abordar todo o tipo de temas.

Cada vez mais usada por celebridades, como Elon Musk, a Clubhouse está em alta e já é usada pelas marcas e empresas para alavancar negócios.

Como funciona a app Clubhouse

Na app Clubhouse, como em qualquer outra rede social, também há seguidores. Mas a diferença é que, nesta plataforma, a comunicação é feita exclusivamente por via de áudios, em "salas" de conversação e em tempo real.

Assim, é impossível enviar mensagens diretamente a outros utilizadores, nem se podem ouvir conversas passadas como nos diretos do Instagram que podem ser gravados para ouvir depois.

As gravações externas são proibidas pelas políticas de utilização da app, embora possam ocorrer. 

Quem quiser falar numa conversa, tem de manifestar esse desejo para que o moderador da "sala" em causa o autorize a pronunciar-se. É uma excelente forma de evitar que falem todos ao mesmo tempo.

Os utilizadores podem receber notificações quando as pessoas que seguem entram em "salas" de conversação, para poderem ir lá ouvi-las.

A plataforma permite a criação de "salas" públicas que podem ser acedidas por qualquer utilizador e de "salas" privadas apenas para pessoas selecionadas.

Rede social de acesso exclusivo

Para já, a app só está disponível apenas para iOS, o que significa que só pode ser utilizada por quem tenha um iPhone. Mas a empresa promete que a versão para Android está a caminho.

Além disso, a app só está acessível através de um convite de um utilizador já registado. Cada utilizador inscrito tem direito a alguns convites que pode distribuir, acumulando, desse modo, mais convites para poder ceder de seguida.

Também se pode fazer um pedido de adesão à plataforma, mas é preciso ficar à espera de que seja aprovado - e nem sempre o é.

Estes detalhes têm aumentado o interesse pela app, pois parece muito exclusiva. Assim, aumenta a curiosidade para fazer parte dela e já surgiram notícias de que há convites para entrar na rede social à venda por valores entre 20 euros e 50 euros.

Downloads da app Clubhouse dispararam

A plataforma foi lançada em 2020. Mas só nestes últimos meses é que houve um boom de descarregamentos da app na loja da Apple. 

Essa procura terá surgido à boleia das notícias que revelaram que figuras como Elon Musk, CEO da Tesla e Mark Zuckerberg, líder do Facebook, entre outros, tinham aderido à Clubhouse.

Além de influencers digitais e jornalistas, também a apresentadora Oprah Winfrey, o humorista Chris Rock e o CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, serão utilizadores da app.

A Clubhouse tem como grande virtude o facto de abrir a porta à possibilidade de ouvir e interagir com figuras conhecidas das mais diversas áreas.

Isso pode ajudar o facto de ter passado dos 600 mil utilizadores no início de 2021 para mais de 6 milhões de utilizadores em apenas dois meses. Um dado que evidencia o potencial da app que ainda só é usada em iPhones quando há muitas mais pessoas a usarem Android.

Em maio de 2020, a rede social estava avaliada em 100 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros). Mas agora já vale mais de mil milhões de dólares (acima de 820 milhões de euros), de acordo com os especialistas.

Como usar app clubhouse para marketing digital

Como usar app Clubhouse para marketing digital

Os profissionais de marketing digital estão atentos a este crescimento acelerado da plataforma, pois esta pode ser mais um veículo interessante para divulgar marcas e empresas.

As "salas" da Clubhouse podem abordar todo o tipo de temas, indústrias e áreas profissionais. Assim, as empresas só precisam de definir como se posicionar neste universo para poderem colher frutos.

É uma boa oportunidade para estabelecer uma marca como referência numa dada área, nomeadamente para promover produtos, serviços ou eventos.

A aposta deve passar por divulgar informações de relevo que sejam úteis para as conversações, o que pode ajudar a divulgar a marca fruto da qualidade dos conselhos e dados apresentados. 

Assim, estabelecem-se ligações virtuais relevantes que podem transformar-se em negócios reais.

Os profissionais de marketing digital podem, por exemplo, desenvolver sessões de perguntas e respostas, organizar "salas" de conversas em torno de um dado tema, para dar dicas ou para obter feedback sobre produtos e serviços.

Trata-se de uma excelente forma de conectar-se com os clientes já existentes, mas também de angariar novos clientes.

A Clubhouse é um terreno fértil para campanhas de passa-a-palavra, portanto também é uma ótima oportunidade de chegar a pessoas a quem não se teria acesso de outro modo. Assim se podem criar parcerias interessantes ou até fomentar investimentos e contratações.

Falhas de segurança

Nos últimos dias, foi confirmada uma fuga de dados da plataforma depois de um utilizador ter conseguido transmitir áudios da app para o seu site.

A empresa dona da plataforma confirmou a falha, anunciando que baniu o utilizador e que reforçou as medidas de segurança. Contudo, também assegurou que não houve "violação de dados", sublinhando que foi uma fuga sem más intenções.

A app não permite a gravação ou transmissão das conversas sem a autorização explícita dos participantes. Contudo, já antes desta fuga, conversas de celebridades como Elon Musk já tinham sido gravadas e divulgadas em plataformas como o YouTube.

Especialistas de cibersegurança consideram que a app ainda está "verde" no que se refere a este capítulo. Portanto, está mais vulnerável a eventuais ataques e falhas. 

A popularidade crescente vai fazer com que piratas informáticos se interessem mais por explorar as eventuais lacunas que tenha.

O Observatório da Internet da Universidade de Stanford, nos EUA, já tinha alertado para as falhas de segurança da app Clubhouse, referindo, por exemplo, o possível acesso do Governo chinês a dados de utilizadores porque os servidores serão geridos por uma empresa com escritórios em Xangai, na China. 

Assim, o melhor é ter cautela e partir do princípio que todas as conversas do Clubhouse são semipúblicas.

Uma experiência viciante

O grande segredo da rede social é o facto de combinar a ideia dos podcasts com o formato das conferências ou debates.

Outro pormenor que a torna realmente viciante é a ideia de que as conversas são instantâneas, ou seja, só ocorrem naquele momento e não é possível ouvi-las mais tarde. 

Isso provoca o que em Inglês se denomina de FOMO (fear of missing out, ou seja, o medo de perder alguma coisa). Deste modo, as pessoas ficam presas às conversas que podem prolongar-se por horas. 

Portanto, pode ser uma experiência viciante, uma vez que os utilizadores se deixam levar pelo fascínio de ficar a ouvir figuras como Elon Musk a falar da colonização de Marte e de viagens espaciais ou de inteligência artificial.

Além disso, como se baseia no som, é possível ficar a ouvir enquanto se fazem outras coisas - há quem vá tomar banho ou se demore noutros assuntos no WC.

Mas, o que quer que vá fazer enquanto se deixa conduzir pelo som da ClubeHouse, a regra é sempre a mesma: desligue o microfone.

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